Quando estive em Manaus da última vez, se não me engano em 2009, num passeio com parentes, deparei-me com uma cena que me entristeceu. O velho e histórico navio Benjamin, que tanto serviu aos Acre e aos acrianos, a bordo do qual aconteceram muitas viagens de lua-de-mel, e que foi meio de transporte de várias personalidades que saíram daqui para conquistar o seu lugar no mundo, abandonado num estaleiro virando ferrugem. Já soube, numa postagem do Blog do Rocha, que o governo do Acre fez uma oferta de cem mil reais pelo navio, que foi recusada pelo proprietário, que queria vendê-lo por 200 mil. A intensão era transformá-lo num museu flutuante ancorado nas imediações do novo Mercado Velho, uma iniciativa louvável por se tratar de um ícone importante da nossa história. Já soube, em comentários no facebook quando postei essas fotos para apreciação de todos, que o nosso senador Jorge Viana foi gerado numa viagem de seus pais a Belém, a bordo do referido navio.
Imagino que se fosse comprado por 200 mil, após sua recuperação total, poderia ter sua aquisição aumentada para uns 400 ou 500 mil reais, o que é razoável, se for comparado a certas despesas das quais tomamos conhecimento. Alguém imagina quanto custou aquele monumento de aço da praça da revolução? Já ouvi dizer que foram 200 mil reais. Por que então o Benjamin,com seu imenso valor histórico não pode ser adquirido pela mesma quantia. Acho que nossos governantes estão deixando morrer um grande personagem da nossa história, que poderia ser imortalizado, para conhecimento das gerações que não presenciaram sua imponência desfilando pelos nossos rios.